O Círculo Operário Leopoldense (COL) deu mais um passo importante em sua trajetória de promoção e defesa dos direitos humanos ao firmar uma parceria com a produtora Tempo Porto Alegre para o desenvolvimento do documentário Estuário, dirigido por Liliana Sulzbach e codirigido por Orson Soares.
A produção cinematográfica aborda a relação entre imigrantes alemães e escravizados que viveram na mesma região, no sul do Brasil, trazendo à tona fatos inéditos que questionam a história oficial do país. A obra convida a refletir sobre as versões que escolhemos para contar sobre nós mesmos e promete lançar luz sobre aspectos da memória coletiva ainda pouco discutidos.
CULTURA COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO
Mais do que integrar um documentário, a parceria insere o COL em uma proposta de Campanha de Produção de Impacto, que entende o audiovisual não apenas como entretenimento, mas como estratégia de sensibilização, engajamento e transformação social.
Dentro do COL, a iniciativa se traduz em oficinas e cursos voltados ao audiovisual, realizados com adolescentes, jovens e comunidade vinculada à entidade. Essas atividades permitem conhecer de perto as etapas da produção cinematográfica — da pré-produção até as filmagens, e ainda entender, brevemente, sobre o período de pós-produção até chegar na divulgação em festivais, no lançamento para o público e nas sessões de exibição do documentário — despertando novos interesses, habilidades e até possibilidades de qualificação profissional.
Segundo a equipe da Tempo Porto Alegre, o envolvimento do COL é fundamental para garantir que o projeto dialogue de maneira autêntica com a comunidade local. Já para o COL, a proposta reforça sua missão de unir educação, cultura e direitos humanos, ampliando horizontes para os participantes.
O PAPEL DO COL
Ao abrir suas portas para o projeto, o Círculo Operário Leopoldense oferece mais do que estrutura física: disponibiliza sua experiência de décadas em educação popular e trabalho comunitário, especialmente junto a crianças, adolescentes e população em situação de rua.
Essa escuta ativa e a capacidade de mobilização comunitária permitem que a obra Estuário seja construída de forma conectada às vozes locais, ampliando seu alcance social e fortalecendo vínculos entre arte, memória e território.
O FUTURO DO PROJETO
As ações conjuntas entre COL e Tempo Porto Alegre terão continuidade nos próximos anos. Quando o documentário for lançado, em 2027, a expectativa é que sejam realizadas sessões gratuitas de exibição acompanhadas de debates em diferentes espaços parceiros, garantindo que a obra circule além das salas de cinema tradicionais.
Essa perspectiva amplia o impacto da produção, democratiza o acesso à arte e promove reflexões sobre a história do país em diálogo direto com comunidades que têm muito a dizer.
UM COMPROMISSO COLETIVO
Para o COL, a parceria é motivo de orgulho e reafirmação de sua missão: defender os direitos humanos e construir uma sociedade mais justa, solidária e consciente. “Estar junto desse projeto nos conecta a novas linguagens, fortalece nossa atuação comunitária e mostra que o cinema pode ser um poderoso aliado na transformação social”, destaca Odete Zanchet, diretora Executiva do COL