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COL completa 88 anos de luta na defesa de direitos humanos

28-07-23 | Sem categoria | admin |

O COL – Círculo Operário Leopoldense completa neste sábado, 29 de julho de 2023, 88 anos de existência.

Uma história repleta de luta e superação!

Livro 80 anos do COL

Hoje, atuando como um Centro de Promoção e Defesa de Direitos Humanos que atende crianças, adolescentes, famílias e comunidades em situação de vulnerabilidade e risco social com ações nos três eixos do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) – Defesa, Promoção e Controle Social. Uma Organização da Sociedade Civil, de natureza associativista e filantrópica, que iniciou as atividades no município de São Leopoldo em 1935 e sempre esteve preocupada com os direitos humanos, atuando na formação dos sujeitos e na busca da igualdade cidadã.

Atua em cinco regiões da cidade de São Leopoldo, Centro, Oeste, Leste, Norte e Sul, com foco nos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais, Ambientais e Sexuais – DHESCAS, tendo como prioridade sobre a defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Direitos da População em Situação de Rua, Justiça de Gênero e Justiça Socioambiental.

O CPDDH realiza o atendimento direto de aproximadamente 200 crianças e adolescentes. As ações ocorrem através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, nas regiões Leste e Oeste com oficinas, atividades esportivas, culturais, tecnológicas e de educação socioambiental. A Proteção Integral e primeira Infância atendem, por intermédio do Programa Primeira Infância Melhor – PIM- Capilé, 600 famílias com gestantes e/ou com crianças de 0 a seis anos de idade da Região Norte.

No núcleo da região Centro o trabalho se volta para a promoção e defesa de direitos de grupos vulnerabilizados, como a população em situação de rua, mulheres e população LGBTQIA+ a partir da promoção e defesa de direitos, produzindo indicadores sociais para subsidiar a mobilização e a construção de políticas públicas.

O tema justiça de gênero tem se constituído uma das principais pautas de trabalho, a partir da mediação de grupos de mulheres, nos territórios, em parceria com o Programa de Gênero e Religião/ Faculdades EST, Fórum Municipal LGBTQIA+ e a Associação de Travestis e Transexuais para o fortalecimento das lutas desta população. Ao todo são mais de 950 famílias atendidas, uma média 2.850 indivíduos beneficiados direta e indiretamente, através do trabalho técnico e profissional de educadores, assistentes sociais e psicólogos que contam com toda uma rede de suporte administrativo e de serviços.

História de lutas e superação
O COL realizou durante sua trajetória trabalhos em diversas iniciativas: escolas de primeiro grau (Escola Santa Terezinha e Escola Lar da Menina São José); a creche Nossa Senhora Medianeira; o orfanato Lar da Menina, um pensionato; além de farmácia, consultório médico e odontológico. Mais recentemente, também foi responsável pela execução do Centro de Atendimento de Semiliberdade – CAS, parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase/RS), que foi encerrado pela necessidade de adequar as ações e planejar o futuro frente a nossa missão.

Nas primeiras décadas, até aproximadamente 1960, centrava-se em demandas sociais de educação, saúde e assistência devido à ausência ou precariedade de políticas públicas. As mudanças nas políticas públicas, especialmente a partir da década de 70, geraram uma crise para a manutenção da organização e após um período de indefinições, de encerramento de algumas atividades, o COL se viu com grandes desafios, que consistiam, basicamente, em redefinir-se enquanto instituição. A crise exigiu a construção de novos caminhos e possibilidades. Foi necessário redefinir o papel do COL na sociedade.

Neste sentido, a partir 1980, optou-se pela busca de maior autonomia da entidade. No campo específico de atuação, que é a área social, foram implementados programas, que apresentavam novos desafios. A década foi muito importante para o Brasil com grandes movimentos de luta pelos Direitos Humanos e a promulgação da Constituição da República Federativa em 88.

Nesse período o COL fortaleceu a ação nos territórios, voltando sua atuação para duas comunidades periféricas do município. No início dos anos 2000 a organização potencializou o setor de movimentos sociais, com o objetivo de fortalecer e promover desenvolvimento local e trabalho em rede para autonomia dos sujeitos e passou-se a articular com outras organizações para fortalecer os movimentos, com justiça social e cidadania.

Em 2017 a organização iniciou um processo de construção do planejamento, que possibilitou avançar coletivamente para uma nova perspectiva de atuação institucional voltado para defesa dos direitos. Cabe ressaltar, como observa Alcido Anildo Arnhold, membro do CD do COL deste 1985, que há 86 anos atrás um grupo de pessoas fundou o COL e até hoje persistem praticamente as mesmas necessidades e públicos a serem atendidos, ou seja, crianças, adolescentes e jovens das famílias de trabalhadores.