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COL completa 86 anos e se (re)inventa diante dos novos desafios

29-07-21 | Direito Humanos, Sem categoria | admin |
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O Círculo Operário Leopoldense – COL completa nessa quinta-feira, 29 de julho, 86 anos de atuação. Uma Organização da Sociedade Civil, fundada em 1935, como instituição de assistência ao operário, mas que nunca parou no tempo. De lá para cá a organização tem enfrentado grandes desafios, em novos contextos, como a Covid-19, que trouxe uma crise sem precedentes para toda a sociedade, gerando diversos impactos para todos nós, mas principalmente para as populações periféricas. Nesse momento, o trabalho das OSCs, especialmente daquelas que atuam com trabalho direto às comunidades precisaram se (re)inventar.

Assim como a maioria das OSCs, o COL precisou se readaptar diante do atual cenário, passados quase um ano e meio desde o dia em que a maioria das atividades presenciais foram suspensas, a organização precisou enfrentar muitos desafios.

Na Casa da Criança e do Adolescente (CCA) foram desenvolvidas diversas formas de manter o trabalho com qualidade junto às comunidades. Um dos principais objetivos do programa é manter o vínculo com as famílias, para isso foi intensificado o contato por telefone, wattasp e realizado um projeto que resgatou a tradição das cartas para reduzir distâncias. Recentemente o atendimento presencial foi retomando de forma escalonada.

A Diretora Executiva do COL, Odete Zanchet, destaca que o principal desafio é adaptar-se ao contexto em constante transformação que exigiu o esforço de todos/as trabalhadores/as da instituição para equilibrar o cuidado e o distanciamento necessários para evitar a contaminação e propagação da Covid-19, com a manutenção do trabalho e do atendimento, adequando a metodologia de intervenção, priorizando a garantia de acesso aos direitos básicos de sobrevivência e a proteção de todas/os. Para além da pandemia, o retrocesso vivenciado no campo das políticas sociais e dos direitos humanos tem contribuído para o aumento da miséria e, ao mesmo tempo, também é crescente a criminalização da pobreza e as Organizações cada vez mais precisam ser agentes de resistência e transformação. Este é o maior desafio para o trabalho do COL na contemporaneidade.

Atualmente a diversidade de ações caracterizam a presença da instituição na sociedade local, com programas envolvendo crianças, adolescentes e jovens, juntamente com as famílias localizadas nas comunidades. Compreende dois núcleos de atendimento na faixa etária de 06-17 anos no Programa Casa da Criança e do Adolescentes/CCA em duas regiões da cidade, Oeste e Leste, que atende 170 crianças e adolescentes e suas famílias, e o Centro de Defesa de Direitos Humanos (CDDH).

Além das atividades continuadas (CCA e CDDH), o COL também desenvolve várias ações, em 2021 estão em andamento projetos que abordam a participação de crianças e adolescentes, trabalho infantil, a saúde mental e a população de rua.

O Círculo Operário Leopoldense atua junto ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente, municipal e estadual, Comitê de Enfrentamento às Violências Contra Crianças e Adolescente, municipal e estadual, Movimento Estadual de Direitos Humanos, entre outros espaços.

História de lutas e superação
O COL realizou durante sua trajetória trabalhos em diversas iniciativas: escolas de primeiro grau (Escola Santa Terezinha e Escola Lar da Menina São José); a creche Nossa Senhora Medianeira; o orfanato Lar da Menina, um pensionato; além de farmácia, consultório médico e odontológico. Mais recentemente, também foi responsável pela execução do Centro de Atendimento de Semiliberdade – CAS, parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase/RS), que foi encerrado pela necessidade de adequar as ações e planejar o futuro frente a nossa missão.

Nas primeiras décadas, até aproximadamente 1960, centrava-se em demandas sociais de educação, saúde e assistência devido à ausência ou precariedade de políticas públicas. As mudanças nas políticas públicas, especialmente a partir da década de 70, geraram uma crise para a manutenção da organização e após um período de indefinições, de encerramento de algumas atividades, o COL se viu com grandes desafios, que consistiam, basicamente, em redefinir-se enquanto instituição. A crise exigiu a construção de novos caminhos e possibilidades. Foi necessário redefinir o papel do COL na sociedade.

Neste sentido, a partir 1980, optou-se pela busca de maior autonomia da entidade. No campo específico de atuação, que é a área social, foram implementados programas, que apresentavam novos desafios. A década foi muito importante para o Brasil com grandes movimentos de luta pelos Direitos Humanos e a promulgação da Constituição da República Federativa em 88.

Nesse período o COL fortaleceu a ação nos territórios, voltando sua atuação para duas comunidades periféricas do município. No início dos anos 2000 a organização potencializou o setor de movimentos sociais, com o objetivo de fortalecer e promover desenvolvimento local e trabalho em rede para autonomia dos sujeitos e passou-se a articular com outras organizações para fortalecer os movimentos, com justiça social e cidadania.

Em 2017 a organização iniciou um processo de construção do planejamento, que possibilitou avançar coletivamente para uma nova perspectiva de atuação institucional voltado para defesa dos direitos. Cabe ressaltar, como observa Alcido Anildo Arnhold, membro do CD do COL deste 1985, que há 86 anos atrás um grupo de pessoas fundou o COL e até hoje persistem praticamente as mesmas necessidades e públicos a serem atendidos, ou seja, crianças, adolescentes e jovens das famílias de trabalhadores.