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COL se readapta para manter atendimento nas comunidades

17-08-20 | Sem categoria | admin |

O Círculo Operário Leopoldense, assim como a maioria das OSCs, precisou se readaptar em vista do atual cenário de pandemia, passados quase cinco meses desde o dia em que a maioria das atividades presenciais foram suspensas, para garantir a segurança de trabalhadores e principalmente das famílias atendidas, entende-se que diante da questão humanitária internacional tão relevante, que as lutas travadas para enfrentamento da pandemia nesse momento são para que os efeitos da crise sejam os menos devastadores possíveis e para que a reconstrução social e econômica seja feita com base no respeito à dignidade da pessoa humana.

A Diretora Executiva do COL, Odete Zanchet, destaca o esforço de todos/as trabalhadores/as da instituição para equilibrar o cuidado e o distanciamento necessários para evitar a contaminação e propagação da Covid-19, com a manutenção do trabalho e do atendimento, adequando a metodologia de intervenção, priorizando a garantia de acesso aos direitos básicos de sobrevivência e a proteção de todas/os.

A Casa da Criança e do Adolescente (CCA) desenvolveu durante esse período diversas formas de manter o trabalho com qualidade junto às comunidades. Um dos principais objetivos do programa do COL é manter o vínculo com as famílias, para isso foi intensificado o contato por telefone, wattasp, e em alguns casos mais difíceis, foi necessário o atendimento de forma presencial, mas sempre mantendo a segurança, com distanciamento, uso de máscaras e sem aglomerações.

De acordo com Micheli Duarte, coordenadora da Casa da Criança, este período em que todos precisam ficar em suas casas como medida de prevenção, traz também a retração dos serviços de proteção, deixando as famílias perdidas quanto a forma de proceder e onde recorrer para sanar ou amenizar as necessidades que se instauraram ou se agravaram em virtude do cenário. Para contribuir com a segurança alimentar das famílias em maior situação de vulnerabilidade, a instituição contou diversas parcerias que subsidiaram a materialização de kits com alimentos e itens de higiene. Alguns kits foram comprados com recurso do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, outros foram disponibilizados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de São Leopoldo, arrecadados através do Banco de Alimentos do município e as inúmeras doações de alimentos, itens de higiene, álcool gel e máscaras de proteção confeccionadas artesanalmente, adquiridas através da articulação e mobilização de trabalhadores/as da CCA, junto às suas redes pessoais de relacionamento.

Desta forma, está sendo possível atender 150 crianças e adolescentes e suas famílias com doação de alimentos, itens de higiene e máscaras, até o momento foram distribuídos cerca de 500 kits, entre alimentos, higiene e hortifrúti, e mais de 350 máscaras. Além da distribuição de alimentos, a equipe está empenhada e usando a criatividade para driblar o distanciamento social, os educadores criaram cartilhas com sugestões de brincadeiras que podem ser feitas em casa, realizamos a distribuição de 150 kits de jogos e materiais pedagógicos, como canetinhas e massinhas de modelar.

A equipe também está produzindo vídeos com a parceria da nutricionista da CCA. “Foi uma forma de manter o vínculo entre o meu trabalho na CCA e as famílias, como também reforçar o vínculo no núcleo familiar em um período que as pessoas permanecem muito tempo juntas, entendo que a culinária pode proporcionar esses momentos, fortalecendo e regatando esse hábito. Também aproveitamos que estamos distribuindo alimentos e itens do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para sugerir receitas e aproveitamento desses alimentos que estão sendo doados. Nos vídeos trabalhamos a higiene pessoal e dicas de saúde, que já fazíamos no trabalho presencial”, explica Geovana, que está gestante e precisou se afastar totalmente do trabalho presencial, mas encontrou uma forma de se manter perto das famílias através dos vídeos.

A CCA também busca trabalhar como um apoio na comunidade, fazendo trabalho de escuta, orientando e também encaminhando denúncias. Para Micheli Duarte, esse trabalho tem sido de extrema importância, pois as vulnerabilidades se acentuaram nesse período. “Nesse momento vimos o quanto as pessoas estão precisando conversar, serem ouvidas. A questão da saúde mental não pode ser esquecida e a comunidade nos vê com um apoio para se fortalecer, tirar dúvidas, ou fazer denúncias” relata a coordenadora da CCA.

O Centro de Defesa de Direitos Humanos está realizando no município um projeto que visa a proteção de crianças e adolescentes em contexto de distanciamento social. No atual momento o mundo vive os efeitos de uma pandemia e o impacto da doença exigem medidas extremas, como o distanciamento ou isolamento social, por outro lado, faz-se necessário atitudes que promovam a proteção de crianças e adolescentes. 👨‍👩‍👧‍👦

Em meio à pandemia da COVID-19, a preocupação de muitas famílias vai além da contaminação. Muitas pessoas enfrentam dificuldades ao acesso à renda e alimentos. Centenas de milhões de crianças em todo o mundo provavelmente enfrentarão ameaças crescentes a sua segurança e a seu bem-estar — incluindo maus-tratos, violência, exploração. As circunstâncias atuais tornam o ato de denunciar mais um desafio, uma vez que o distanciamento social mantém as crianças e adolescentes longe da escola, dos amigos e de serviços de proteção. 👇

Durante os meses julho, agosto e setembro, o CDDH fará ações em conjunto com diversas organizações, das 5 regiões do município, com carro de som e distribuição de material informativo e a criação de uma lista de transmissão pelo Wattasap para compartilhamento de notícias e informações confiáveis. O CDDH também atua nas denúncias e acompanhamento das situações de violação de direitos. 📣

Além das atividades executadas pelos programas, o COL também está presente nos espaços de mobilização e articulação para garantia de direitos, e na presidência do Conselho Municipal de Defesa dos direitos da criança e do Adolescente – Comdedica, representada pela coordenadora do CDDH, Márcia Martins.

Essa crise que está afetando tanto o dia a dia das pessoas, das organizações da sociedade civil, das empresas e dos governos vai passar. Que as OSC continuem firmes para realizar as ações complementares necessárias agora semeando geração de resultados transformadores no futuro. Sua experiência de lidar cotidianamente com cenários adversos contribui muito para que não esqueçamos de vocalizar a solidariedade e promover os direitos das pessoas mais vulneráveis. Reforçamos o convite a todas e todos para que não desistamos de buscar um modelo de desenvolvimento econômico e social mais saudável, solidário, justo, democrático, sustentável e inclusivo.