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Pensar a Socioeducação: COL e Proame realiza atividade de aniversário do CDDH

12-11-18 | Sem categoria | admin |
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O Círculo Operário Leopoldense e o Proame- Cedeca realizaram na tarde do dia 08 de novembro atividade em comemoração ao aniversário do Centro de Defesa de Direitos Humanos – CDDH. O tema abordado foi Política criminal de drogas, facções e juventude no Brasil: um diálogo a partir da exibição do documentário “A que serve a socioeducação?, e contou com a participação das palestrantes Ana Cláudia Cifali, Doutoranda em Ciências Criminais da PUCRS, Betina Warmling Barros, Mestranda em Sociologia da UFRGS e Douglas Freitas, Roteirista do Documentário.

O Centro de Defesa de Direitos Humanos – CDDH,  criado em 24 de novembro de  2017, é uma parceria entre o Proame Cedeca e o COL – Círculo Operário Leopoldense, que atua em diversas frentes, fortalecendo o trabalho em rede e a atitude coletiva na defesa de direitos das crianças e dos/as adolescentes, promover a dignidade e a defesa dos direitos, visando o exercício integral e universal dos direitos humanos e a promoção da cidadania plena, são os objetivos do centro de defesa, que tem entre as principais atividades o atendimento em casos de violação de direitos humanos, intervenções jurídico-judiciais, administrativas e legislativas, articulação de ações com sujeitos sociais e o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), pesquisa, produção e disseminação de conhecimento.

Odete Zanchet, Diretora Executiva das duas instituições, reforça a importância da criação do CDDH, que nasceu da necessidade de fortalecer a luta em defesa de direitos em um momento de retrocesso de conquistas históricas dos direitos humanos, que exige luta e resistência. A motivação da parceria entre o Proame e o COL surgiu a partir do encontro de propósitos de trabalho, pela necessidade de fortalecer o debate político e de retomada do papel das OScs para além da execução da política pública.

“O Proame tem expertise e reconhecimento público, pois desde 1990 é um Centro de Defesa. Por sua vez, o COL já contemplava no seu Planejamento Institucional o desejo de construir esse trabalho. Desse alinhamento dos Conselhos Diretores e equipes das duas organizações surge a ideia do CDDH, como uma experiência de atuação interinstitucional, de gestão compartilhada e de trabalho em rede”, explica Odete.

“Entendo que o momento atual exige tomada de posição e união de vontades, esforços e ações. Vivemos um período crítico, com circunstâncias que nos colocam diante de escolhas difíceis, e cada vez mais é preciso reafirmar a dignidade humana como referência do trabalho. Assim o CDDH pode ser o fomentador de ações e de articulações em rede, interagindo com outros atores para manter a pauta dos direitos humanos na agenda permanente, promovendo a proteção de indivíduos e grupos sociais”, conclui.

O CDDH busca ser referência na defesa de direitos humanos na região. Quando iniciou o trabalho priorizou a defesa de direitos de crianças e adolescentes. Mas a partir da avaliação positiva da experiência, pretende fortalecer a atuação, ampliando o território de abrangência e as pautas de trabalho. Assim, intensificará as relações e articulações com outras OSCs e Órgãos Públicos. O CDDH reconhece seus limites e a necessidade de fortalecer articulações regionais para construir uma postura coletiva de justiça social para o avanço da democracia e o exercício dos direitos humanos.

Direitos devem ser protegidos
Os direitos humanos no Brasil são garantidos pela Constituição de 1988, que consagra o princípio da cidadania, dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho. Ao longo da constituição, encontra-se também o direito à vida, à igualdade, à liberdade, além de outros, conhecidos como direitos fundamentais. Durante o Regime Militar, houve muitos retrocessos, com o fim do regime foi promulgada a constituição, que dura até os dias atuais.
Recente pesquisa mostrou que mais da metade dos brasileiros acham que direitos humanos beneficiam quem não merece, na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas”.

O percentual com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. Na definição da Organização das Nações Unidas (ONU), direitos humanos são aqueles aos quais todas as pessoas, sem distinção, deveriam ter acesso: direito à vida, à segurança, à liberdade, à saúde, à moradia, alimentação, liberdade de expressão. No entanto, a pesquisa indica também que os brasileiros reconhecem que é necessário defender esses direitos.

O CDDH está localizado na rua Primeiro de Março, 777, Centro de São Leopoldo (RS). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: cddhslcp@gmail.com e pelos telefones: (51)3592.1681 e (51)3592.1689.